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Fonte: google imagens. |
Região nórdica localizada ao norte da Europa Ocidental
que abrange, principalmente, a Finlândia, a Dinamarca, a Noruega e a Suécia.
Palco da civilização viking, que é motivo de orgulho de seu povo, trata-se de
uma região muito fria, sendo sua culinária profundamente marcada por este clima,
que define a vida de seus habitantes durante muitos meses do ano. A gastronomia
dessas terras segue o ritmo dos produtos de inverno (batata, repolho e nabo,
por exemplo) e das técnicas que prolongam sua conservação durante esta longa
estação. Fermentação de legumes, salgas e curas de carnes e quanto aos peixes
um amplo leque de técnicas é utilizado: seco, salmoura, defumado, marinado,
escabeche, dentre outras. Com as frutas faz-se geleias e compotas.
Pregam
pela preservação do meio ambiente e realizam atos de caça, pesca e coleta, não
predatórios, uma vez que a região é coberta por bosques extensos, e rodeada de
fiordes maravilhosos com águas férteis provendo produtos de ótima qualidade
como o salmão, criado de forma intensiva, e o bacalhau e o arenque, que hoje se
tornou símbolo gastronômico na região.
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Fiorde, fonte: google imagens. |
Quanto
à carne, há distinções entre um país e outro. Os suecos, por exemplo, preferem
boi e porco, enquanto na Noruega a rena e o cordeiro imperam mais, mas
partilham o gosto pelas carnes picas: almondegas, bolinhos e pasteis.
Os
laticínios são de ótima qualidade com o amplo uso da manteiga e do creme de
leite, mas o curioso queijo norueguês Gjetost
é uma iguaria que chama a atenção por si só, proveniente do leite da cabra
forma queijos com notas equilibradas de doce e salgado. Há registro de mais de
duzentas variedades de queijos somente na Suécia.
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Gjetost, fonte: google imagens. |
A
Dinamarca abriga hoje o restaurante número 1 no ranking segundo a revista
britânica Restaurant, o Noma do chef
René Redzepi, que já levou também o 1º lugar em 2010, 2011 e 2012, é conhecido
pelos pratos que exploram os ingredientes nórdicos e lidera até hoje um
movimento que deu forma a cozinha da Escandinávia, valorizando os produtos
locais com queijos e manteigas artesanais, ervas selvagens e tubérculos (muito
semelhante aos movimentos gastro-culturais formados por Alex Atala aqui no
Brasil).
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Redzepi e Noma, fonte: google imagens. |
A
receita deste post envolve a proteína favorita dos Noruegueses e também um
método de conservação utilizado na região. Ele se chama gravlax (do sueco “salmão enterrado”), trata-se de um salmão cru
curado e marinado e que pode ser consumido posteriormente com pão, picles de
cebola roxa e creme azedo.
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Gravlax, fonte: google imagens. |
Receita: Gravlax
Ingredientes:
·
01 quilo de salmão.
·
100 gramas de sal grosso.
·
75 gramas de açúcar cristal.
·
Bastante endrodill fresco picado.
·
70 mls de aneto.
Modo de preparo:
Separe o peixe em duas metades no sentido longitudinal,
remova espinhas e escamas, mas deixe a pele intacta. Pegue assadeira com grade
elevada, grande o suficiente para caber o peixe e misture todos os ingredientes
(menos o peixe) em um bowl. Espalhe o
tempero por igual sobre a carne exposta do peixe nas duas metades e as feche
como um sanduiche (conforme a figura a baixo), deixando a pele virada para o lado externo e amarre com um
barbante. Leve para a assadeira com grade e passe papel filme PVC sobre a
assadeira, deixe na geladeira por 48 horas e vá virando de 12 em 12 horas.
Retire o excesso de tempero com um pincel ou papel toalha e fatie bem fino.
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Fonte: google imagens. |
Por: Tiago Mota
Fonte: Et all. O grande livro da gastronomia: centro europeu. Hora pública editora. 1ªEd, 2010.
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